Pela primeira vez na história da humanidade, há mais velhos do que jovens no mundo. E se em 2019 haviam 703 milhões de pessoas do mundo com 65 anos ou mais, a previsão é que em 2050 esse número dobre para 1,5 bilhão. Aqui no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, o número de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos em 2030.
Esses são apenas alguns dos motivos que revelam a necessidade de cuidadores especializados para cuidar do envelhecimento da população mundial, reduzir a tensão sobre familiares, além de reduzir o peso financeiro dos sistemas de saúde públicos e privados que já andam sobrecarregados.
Por isso, quem se prepara para ser um cuidador tem pela frente um mercado de trabalho amplo e sedento, e quanto antes começar, melhor. E se essa perspectiva, por si só, não revela uma lacuna laboral, o incentivo vem pelo reconhecimento de que a prestação de cuidados até pode ser aprimorada pela tecnologia, mas não substituída. É por isso que cuidar da população que envelhece é – e continuará sendo – uma indústria de crescimento vibrante.
Essa realidade ficou ainda mais evidente após a pandemia e os cuidados indispensáveis aos mais velhos. O mercado global de assistência domiciliar está projetado para aumentar de 304 bilhões de dólares em 2020 para 516 bilhões em 2027, cerca de 70%. No Brasil, prevê-se que cerca de 25% da população necessita de atendimento domiciliar para auxiliar nas atividades da vida diária, e nos Estados Unidos, auxiliares de cuidados pessoais e serviços de saúde domiciliar já estão entre as 10 ocupações que mais crescem.
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Tecnologia X cuidador profissional
E a tecnologia? É fato que trouxe muitos avanços médicos, no entanto, as máquinas provavelmente nunca substituirão o toque humano, isso para não falar da compaixão, empatia, paciência e confiança que definem os cuidadores. Pelo contrário: em vez de ser uma concorrência, a tecnologia irá auxiliar a força de trabalho humana na criação de inovações tecnológicas para um atendimento em casa ainda mais eficiente.
A lista que aponta o cuidado domiciliar como uma das áreas que mais oferece oportunidades é vasta, afinal, é um trabalho significativo que pode não apenas cumprir os objetivos de trabalhadores individuais, mas também atender aos cuidados necessidades da população em fase de envelhecimento. O desafio agora é descobrir como podemos elevar o cuidador profissional como uma atividade mundialmente admirada, valorizada e respeitada.
